quarta-feira, 30 de março de 2011

Para a política, o bem comum é a ordem?


O bem comum pode ser visto como um meio de manutenção da ordem, não como um fim semelhante a ela. Ao estado é necessário que se mantenha a ordem afim de que seja possível realizar no mesmo ações que promovam seu progresso e seu desenvolvimento. O bem comum é visto como um meio de alcançar esta ordem a partir do fato de que os cidadãos ao desfrutarem deste bem vão submeter-se a este estado,e portanto a sua ordem. Porém, apenas o estabelecimento do bem comum não significa que o estado se manterá ordenado. A forma mais segura de garantir esta ordem é por meio das leis.

Porém, o inverso também é valido. A ordem não garante o bem comum. Nos governos ditatoriais, por exemplo, cujas bases políticas giram em torno da manutenção da ordem, o bem comum não é garantido, visto que governos como esse restringem a liberdade dos cidadãos, fato que vai de encontro aos princípios do bem comum.


Laura de Melo Teixeira

O bem comum é um meio e não o fim da política

Quando se pensa em bem-comum, consequentemente se pensa em ordem. Isso porque o primeiro, quando proporcionado à população, faz com que esta fique satisfeita, não mais reivindicando por seus ideais de bem estar (o que poderia ser manifestado por meio de protestos, revoltas, entre outros), mantendo a ordem no Estado. Portanto, se pensado dessa maneira, o objetivo final da política é a ordem, e o proporcionamento de bem-comum é só um meio de alcançá-la. Por isso, verifica-se em Estados onde vigora o regime ditatorial, que a ordem é alcançada por outro meio, sendo ele a força, muitas vezes a violência, a opressão. Concluindo, não se pode afirmar que o fim da política seja o bem-comum, já que se tem verificado em várias ocasiões que ele não é o fim, mais um dos vários meios de se alcançar a ordem.


- Isabella Paes de Almeida Nina Duarte          RA00093111

Para a política, o bem comum não é a ordem.

           Para que o bem comum seja alcançado, é imprescindível que se tenha ordem. Um governo só consegue suprir as necessidades de uma população - tais como a construção de hospitais, escolas, investimentos em saneamento básico, entre outros – a partir do momento em que essa população está devidamente organizada, ou seja, a partir da ordem. Não é possível obter dinheiro para possibilitar a realização do bem comum numa sociedade desordenada, na qual a população não paga impostos, por exemplo. Por outro lado, a existência da ordem numa sociedade não implica que exista também o bem comum nela. Numa ditadura, há a existência da ordem, porém não há o bem comum, já que a população está reprimida, não podendo reclamar e exigir suas necessidades, e o bem comum é, assim, definido por uma minoria repressora.
   
    -     Gabriela Pádua de Carvalho,           RA 00067522
 

Para a política, o bem-comum é a ordem?

            O bem-comum não é a ordem em si. O Estado tem como dever, para garantir a sua existência, estabelecer e manter a ordem. Porém, este dever é para com ele próprio, na medida em que a finalidade da política é a ordem, e não com o povo. O bem-comum não é uma preocupação direta da política, tendo em vista que é muito relativo; ele é alcançado a partir de um conjunto de políticas justas, que só podem ser realizadas em um Estado já ‘concretizado’ e organizado. Sendo assim, a ordem é uma premissa para o bem comum.

      Bibliografia: Dicionário de Política - Norberto Bobbio

      - Marina Rodrigues Lourenço